O estudo de ciências deve possibilitar ao aluno ser crítico, participativo e conhecedores de saberes nesta área. A ciência desempenha um papel fundamental na construção da cidadania e na opinião dos alunos.
Há dez anos, quando iniciei como professora das séries iniciais meu trabalho com os alunos na área de ciências, era puramente ler o livro e responder questões sem pensar no mundo a nossa volta. Hoje com o avanço científico e tecnológico, discutimos o efeito estufa o aquecimento global; preucupamos-no com a destruição da camada de ozônio; uso de alimentos transgênicos etc. Assim, é de se esperar que as crianças de hoje, quando estudam ciências na escola, aprendam algo que as ajude a viver melhor no futuro, a construir um mundo no qual, ciências e tecnologia se conciliem com o bem- estar, com a proteção ao meio ambiente e com a melhoria da qualidade de vida.
Porem, ao estudar com os alunos assuntos como o sistema solar, a ciências era dada como definitiva, e de que todos os fenômenos, processos e hipóteses já foram corretos e completamente explicados, sem discutir, ou levar em consideração os saberes daqueles alunos que acreditam na explicação dos fenômenos naturais, a partir de uma crença religiosa. Pois, sabemos que as teorias e métodos humanos não podem ser definitivos.
A leitura do livro A dança do Universo, de Marcelo Gleiser, me levou a pensar que é possível levantar discussões nas séries iniciais sobre conhecimentos científicos, levando o aluno a ser estimulado a questionar os saberes estabelecidos e relacionar o conhecimento ao momento histórico em que foi produzido.
Como formadores de opinião é função do professor desmistificar a ideia de que a ciência é definitiva, mostrando que há limitações para os modelos que ela propõe. Esses modelos podem ser adequados para um determinado momento histórico (cultural, social, econômico, político,) e para o conhecimento científico e tecnológico da época, mas são possíveis de modificações ao longo do tempo.
domingo, 5 de dezembro de 2010
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